Ruptura

Martirizam-se pelos meus despojos,
Pelo póstumo de uma criança bem-educada
Que resultou nisto!
E isto é a diferença!
Uma ressaca pela falta de compromisso,
Um refluxo da ruptura.

Exorcizei preceitos morais e religiosos
Do corpo que não cabia na forma
Onde o pretendiam derretido.
O corpo que escorreu no revogar
Constantemente decadente
Da memória desamorosa, pesarosa.

Quem falhou fui eu, nato como vomitado,
Que nunca sentiu pulsão pelo certo;
Que a irreverência apaixonou
Mais que o amor-profissional sustido.
Vamos fingir para sempre,
Arrependidos das drogas e do sexo.

Não tenho de me justificar:
A crítica flagela o corpo e não a mente,
Que é minha, apesar de rota.

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