kilos.

cristalizámos diamantes para tornar sonhos carvão. disparámos foguetes para caírem nuvens de granizo. estilhaçam-se luzes como espelhos. puxo uma cadeira, deito-te na mesa, rebolas para o chão. corri mas não fugi, tropecei a cada golpada nas pernas. tossíamos desespero, agarraram-te o cabelo. linhas brancas / negras tatuagens. brota sangue, desabrocham poças de lágrimas. caem as estrelas quais vitrais da noite, estico a mão e corto-me sem te agarrar. o espelho que rompes sou eu. pó recortado no vidro partido, chão de um, pão de muitos, sonhos nossos. amar é grátis sem reembolso. tens os comprimidos que preciso, ignora deus, tabaco, cheiro, absinto, nada me leva à alma. não censures a espera. só o absinto não quebra ciclos.

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