brown eyes

"in your brown eyes I walked away, in your brown eyes, I couldn't stay, in your brown eyes, you watched me go, turn the racket on and wonder what went wrong"
se tudo fosse tudo e tudo acabou, tudo podia tudo se tudo tivesse sido diferente, parece-me ser apenas um daqueles textos em que me queixo de tudo o que foi tudo e tudo o que odeio, precisamente por tudo ser tudo... hoje, de olhos castanhos.

nestes meus olhos, onde me perco narcisisticamente, sem saber de que cor são, pois todos os dias tudo muda, até a cor dos olhos, por vezes castanhos, verdes, amarelos, da cor que calhar, e  que espelha isso?

se tudo fosse concreto e eu não vivesse tão abstracto, então tudo seria tudo e não teria problemas em admitir tudo o que fiz para perder tudo.

tudo é tudo e tudo foi da última vez, tudo foi tudo mas já foi mais um adeus, peguei em tudo e deslizei-me embora, e perdi-me... na cor dos olhos.

se eu não fosse tão indeciso, tudo seria tudo e não uma vaga redundância em que chego a admitir que tudo não é tudo quando tudo só pode ser tudo, precisamente por ser tudo. se não vivesse num mundo fantasiado e marcado pelo que não é certo, tudo seria tudo e não o fumo de um efémero cigarro. um quarto seria um quarto e não um espaço vazio, com uma cama, uma estante, uma secretária e um piano que traçam completamente a minha personalidade a meu ver.

parece-me ser apenas um pequeno texto sobre tudo e como perdi tudo com olhos castanhos.

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