Respirar é Irrelevante

A minha acepção do mundo é platónica; gosto de pensar que estou sempre errado, vivi a vida para o descobrir. O antigo é mentira, e a verdade está para lá, inalcançável.

Sou ideais. Sempre me guiei por padrões que não eram mas podiam... a realidade é uma mentira e não existe nada sem a sua essência inteligível.

Pelo meio de tantas linhas de luz e sombra cruzadas, constantemente tropeçamos nos modos fáceis e covardes de ver o mundo. Nada é. Nada interessa.

Comentários idílicos de nós mesmos, paródias e mesmo pastiches, são os resultados a que fomos expostos, por sermos impossíveis, inapreendíveis. O nosso espelhismo é miragem.

Não me confunde o ver para não ver - ou o sentir para não sentir, - a vida está morta nos nossos sentidos, fluída no que não conhecemos.

Tenho pena dos loucos que se relegam para inutilidades e secunda ou terciarizações, que choram pela irrelevância de respirar. Que vivem no nojo de viver para sobreviver.

Guardei este segredo comigo, porque o outro já morreu. O mundo vê-se no que não é, é um regurgitado de ideias mortas, espelhadas no tudo feio. Só os cegos conhecem a estética.


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