Igitur [Ele sai do quarto] // Mallarmé

No sonho puro de uma Meia-Noite que se engole e cuja Clareza se reconhece, que só resta num aceno mergulhado na sombra, procede uma esterilidade em torno da palidez de um livro aberto que a mesa apresenta; página e decoro ordinários da Noite, fica só o silêncio de uma língua antiga, proferida por ele, na qual, revolvida esta Meia-Noite, se evoca a sombra finita e nula por estas palavras: Eu sou a hora que me deve tornar puro.

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