Tinian // Holderlin

Como é doce perdermo-nos
Na mais sacra selvajaria,

E beber das tetas da loba
Essas águas que vagueiam
Desde os lagos campestres
Para chegarem até mim,
             Uma vez selvagem,
Mas agora, como órfão, acostumado ao velho gosto.
Na Primavera, quando outras asas
Regressam ao calor dos bosques...

              A descansar, ermita,
Entre os salgueiros
Repletos de fragrâncias
Onde as borboletas
Misturadas com abelhas
E os teus Alpes

Divididos de Deus

Separados do Mundo

e lá onde ficam
Armados,

A vaguear como querem, sem noção de tempo

              porque,
ao azar do esgar do falcão, ou, por outro lado,
Enquanto gladiadores, decretam os Deuses
Estes sinais externos serem marcas de nascença
A cuja descendência o Ocidente pertencerá;

              Algumas flores
Não crescem da terra, mas saltam
Em terrenos soltos da sua vontade,
São reflexos dos dias
E não é justo arrancá-las,
Pois são douradas,
Preparadas apenas para se serem a si,
Desfolhadas, até,

Que nem pensamentos.

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