no way

porque agora que foste apanhada, não sei o que é suposto dizer, é tão errado o que tu fizeste mas eu ainda me sinto assim, não acredito, nem eu esqueço o que vi hoje e se te perguntas se eu volto a resposta é um não.

e o que é suposto dizer e não se diz, numa verdade que é tão subjectiva como o tempo e o espaço pois de um sítio vemos uma coisa de outro vemos outra e os segundos são efémeros como tudo na vida, os acontecimentos tão rápidos e imperceptíveis quanto a gravidade e não sei como passou tanto tempo e só sinto essa, a tua gravidade, a gravidade do que tu própria te quiseste livrar pensando de um espaço que tu mesma criaste e não percebes, simplesmente não percebes a gravidade que exerceste e criaste à tua volta o teu selo e fechaste-te para o mundo, pensando que o tempo passaria mais rápido sem mim. forçaste-o a passar mais rápido sem mim e cresceste pseudo-psicologicamente pensando que te tornavas uma mulherzinha e só criaste a destruição da tua gravidade, pois confiaste coisas a gente que podia saber, e o que não confiaste veio a saber-se pelo erro que cometeste e assassinaste.

e tenho fome, quero jantar, queres vir comigo? cozinho o teu prato preferido se quiseres, a despedida perfeita, pois desta vez, meto-te eu na rua, a ti por teres crescido e mudado de gostos e sentires-te como te sentes, sem saberes quem és, sendo uma personagem completamente moldada, sem ponta de realidade em ti e passas-me desapercebida hoje. e quando disse que não me despedia? eu realmente não me despedi "adeus Tiago" disseste comigo de saída, o que era suposto fazer? dar-te um par de beijos e pensar que passou tudo? por acaso vives na desilusão... numa delas, de que as coisas passam às pessoas como te passam a ti 'miga? brincas com o mundo e contigo, perdes o juízo e todos à tua volta o denotam mas não to dizem, porquê? já viste o que fizeste, não foi só comigo. o que é suposto eu dizer se me dizem "já apagou o teu número da lista telefónica"? se eu mantive o teu tanto tempo, à espera da esperança que sempre me brilhou sem existir pois eclipsaste-a como quem pisa uma formiga que está no chão durante imenso tempo e a pobre da formiga, na calçada da rua anda de um lado para o outro fiando-se no seu radar. como te apago do meu radar, a ti e às outras facadas que me deu tanta gente em quem confiei, se ainda vós existeis?

eu preparo o teu prato preferido, a despedida perfeita, o fim e a derradeira despedida que dantes foi só um adeus seco porque pensas ser água de rosas quando me entra algo para o olho, quando realmente é preciso uma ligadura nas costas e tudo o que mais for preciso. e sabes, hoje pensei e descobri a ligadura para ti, não é ignorar-te, é simplesmente não te ver, ainda mais do que não te vejo, falar como se lá não estivesses, e sabes, uma coisa eu não faço de certeza, não vou espalhar ideais de coisas incertas, de coisas inverosimis de como tu não és de confiança, porque sabes... tu és de confiança, acredita nisso, e é por isso que não o digo. e devias falar com quem tu disseste isso, causaste o descalabro completo e não te apercebeste do que fizeste, pensaste no bem maior, em ti e nos teus supostos amigos de conveniência, deixa-me lá tê-los no top para me julgar importante... nem sei se ainda existem, há com cada conversa por cá.


lamento e mais não sei o quê... ah... bom apetite.

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