god hates us.

sorrow swallowed scream.


as forças do mundo caem-me sobre os ombros, gelam-me o sangue, fazem-me implorar por um fim. "ninguém sabe dela." 
"vi toda a minha família desvanescer".

entrei pela nostálgica sala destruída, vendo reminiscências formularem-se à minha frente quais espectros, os sons que outrora ouvira, os sentimentos que dantes sentira. olhava em volta e as ruínas recompunham-se aos poucos. cinzas flutuam e corpos carbonizados deitam-se a meus pés. o horror era engolido pelo medo. olho para eles e dou por mim a ouvir seus prantos... os meus não se comparam aos seus, pior que apavorantes, o desespero que causavam secava-me o suor do medo e o pânico era o mínimo que sentia.

agora sinto-me eu enterrado vivo nas memórias alheias aos outros espectros. sinto as discussões tão presentes como nos seus derradeiros momentos.

cai-me o suor pela cara e o medo é abafado pelo grito que senti preso na garganta, tudo me horroriza, todo o mundo caía à medida que dava passos, as memórias que se recompunham simplesmente partiam-se quais vidros e os corpos pareciam incandescer e desfaziam-se em cinzas negras, vermelhas, brancas. dou passos que desejo nunca ter dado, à medida que enfraqueço possuído pelo medo e caio no meio do corredor em cinzas e vidros. cai tudo por terra.

e o que tem isto que ver com amor? com a religião dos tolos? algumas histórias precisam de curas e melhores finais felizes. esta não.

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