Treze.

Corto o ambiente com um sorriso e a virtude de um dia feliz.
Desafiar a sorte é não haver rigor nos passos a dar.
A cada beijo uma nova faca, e a cada facada, beleza derramada.
Eu tenho um fetiche com a sorte, admito que tenho.
Teias de infortunios e nada me corre mal se assim o pretendi;
É de uma falta de religião não acreditar nesta força maior.
Dados e cartas lançadas sobre a relva e dois seis e quatro ases.
Hoje faço um hino ao azar e ao horror que é não ter certezas:
A maior felicidade e a mais facilidade do mundo - A Sorte.

Treze voltas num caixão de vidro e abrem-se as portas para
Treze putas e uma Rainha de Copas que as decapite,
Treze mártires que lamentem cruzes até à morte.
XIII.

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