"luto".

Beijar e deixar chorar - é assim que se rompem corações.

Não é possível ser feliz, não aqui, não neste antro de acompanhamento quando a única saída somos nós mesmos e a felicidade se assemelha demasiado ao niilismo - a este nada sentir porque sentir é sofrer. Sentir é preparar para o momento em que a ilusão e toda a sua construção se torna em algo pejorativo, corroente para as veias.

Estou a morrer, sinto-me comprometido e tão desumano quanto isso implica. Estou cansado, injectem-me de euforia, alimentem-me com o que faz sentir o mundo derreter porque a água é tudo o que me acalma enquanto vejo escorrer de mim todos os erros, onde a minha alma é sujidade.

Quero conhecer o omega e o alpha em paz, quero morrer para me sentir na berma (e toda a sua adrenalina) da vida. Conhecer o momento em que o filme pinga para os meus olhos todo o drama porque passei e saber o que realmente me fez querer desaparecer. Algures a vida há-de fazer sentido.

Não sinto a minha batida, o coração congelou como previsto. Quando desaparecemos as memórias ficam.

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