Éden

Não há anestesia que me redima, só fogos derretendo ossos neste corpo corroído pelo meu próprio animal. Inspiro e sorvo rancores indizíveis que me comem os miolos, espremem os olhos e não me deixam sorrir para ti.

O Silêncio tem-me morto.

Sê a minha âncora e prende-me ao que ainda é Graça; perdoa a margem negra em que vivo atracado, o tudo depreciativo e o meu triste imaginário; obsessões e pressentimentos que me assombram a cada abraço.

Sozinho caminho o nosso trapézio, espero nunca o ver cair, quero enterrá-lo até a corda ser chão.


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