broken reminiscence.


"dorme, não te preocupes, não vai acontecer nada, estamos cá todos..."

custa sempre ultrapassar dilemas e desafios da vida. saber que algo acaba e ter essa noção dá-nos aquela sensação de desconforto com tudo... deixa marcas, marcas profundas que duram e duram e queimam e queimam e... somos meros humanos... a quem o fogo não está destinado. são sentimentos quase desumanos que nem a fúria, nem a redenção destroem. uma vontade de nos livrar deles incapacitada pelas reminiscências de algo que já lá vai, tão, tão longe...

e as memórias são o que nos fazem ficar preso a estes sentimentos desumanos. contradigo-me sim... as memórias formam o nosso ser... mas destroem a nossa capacidade de olhar em frente e desligar do que não faz falta. segundo a primeira teoria, tudo faz falta para sermos nós mesmos, segundo a segunda não podemos evoluir como ser se não destruirmos o que não nos faz falta. e não há um meio termo... não há maneira de prosseguir sem sofrer.

e posso enterrar os reinos todos que me apresentarem, as memórias que ligam tudo o que tenho... mas o facto de ter homenageado os reinos que enterrei, simplesmente por os ter enterrado... significa que criei memórias e os prendi ainda mais a mim. não é possível ignorar o que outrora amei.

"shh cala-te, podes acordar alguém"
"como o coração de tantas almas que passaram por aqui quando antagonizadas... e estou-me a lixar se contas ou não comigo como parte dos teus feitos hipócritas e colecções de inimigos!"

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