vislumbre do desespero

o sentimento sem nome cresceu e tornou-se bom
olhávamos por nós, encobriamo-nos ou matávamos por pedido
a escolha que fizémos, nenhum pode compreender
o sangue, um segredo nojento, tivémos de comandar

a maldição do que tinhamos tormentou nossas vidas
obedecer às coroas era, deveras, um preço sinistro
almas torturadas por amor e por dor
certamente o evitaríamos mas a praga fez-nos lembrar

perdoai-nos pelo sofrimento, por termos ficado com medo
pelos sonhos que calámos, que jamais reais serão
ainda assim, atiro-te a mão de honra
por mais que jamais vejas que é a minha

destruídos por entre a honra e o verdadeiro amor da vida
rezaram por ambos mas foram-lhes negados

tantos sonhos destruídos e tanto foi sacrificado
terá valido a pena os que amámos e deixámos para trás?
pelo tempo que passou, quem é nobre e quem é sensato?
serão nossos pecados algum dia perdoados?

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