Grito.

A VIDA ACABA POR MORRER. SEMPRE.

De certo modo, todos vamos coexistir um dia, ao lado uns dos outros... se é física ou espiritualmente, não sei, mas sei que vamos. Asseguro-vos que só o presente deve importar, e vivê-lo parece mais difícil do que fazê-lo difícil.

A dificuldade vital é um entrave à simplicidade da existência.

Eu visto a liberdade como se fosse uma marca: roupa que os cegos não vêem, aqueles que não querem ver.

E grito "foda-se, há catástrofes piores no mundo, fazem de alguém vivo sete tsunamis!"
E grito "foda-se, o mundo não vive com ideologias assassinas!"

É a vossa cegueira, a cegueira do ódio. O ódio que o cego tem por aquele que vê a luz da liberdade e a segue sem muletas! Quem me dera que todos fossemos cegos e pudéssemos ver esta luz.

Pisamos sangue derramado como se fosse cabelo cortado. Pisamos pó de cadáveres que morreram por nós.
E quem lutou pela liberdade morreu por objectivos que os sobreviventes não querem ver cumpridos!

E grito "foda-se, o mundo não é feito de cegas visões de sonhos frustrados!"
E grito "foda-se, cada erro é um passo para a perfeição!"

Adormecidos num sono do qual não queremos acordar, vivemos o pesadelo da prisão sem porta. E quando vemos essa porta escondemos a quem a quer encontrar!

E grito "foda-se, é a metáfora da liberdade!" E grito "foda-se!" E grito "foda-se!" E grito "foda-se!"

Porque desejamos uma porta só para nós? Porque é que atiramos lama aos olhos dos que desejam a liberdade? Porque é que apedrejamos quem quer prazer? Porque é que cortamos as mãos aos que só nos querem ser iguais?

Somos todos iguais às escuras! Nem os cegos que não querem ver podem contrariar isso.

NÃO, NADA PASSA DA MORTE!

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