Ligação Morte.

sinto-me sujo,
nem quem nem porquê.
não sou eu.
não estou em mim.

fujo do espelho partido,
é o ódio a mim mesmo
que macula o pensamento

quem eu sou é quem eu fui.
quem eu era não é quem sou.

correu rumor de feitos brutais por vir,
capacidade inimaginável e sobre-humana.
corroo-vos a vista através da mente,
lambem as minhas feridas com absinto na língua.

sei para lá do derradeiro leito,
o etéreo corre-me nas veias,
Plutão está à palma da minha mão.

o fogo é fumo às mãos do meu cigarro
vou revelar o revolver da alma,
esta é a pólvora, a Eureka de uma vida.

a minha crença é sabedoria geral
que um dia a todos o fado é igual
que amor e ódio, tanto nos faz
se só pó aqui jaz.

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