Génese.

"O Príncipe que já passou deixou o meu legado por fazer"

Histórias de guerra e ódio,
Tristeza, ardor e dor.
Desejar ainda não é viver.

Vou matar o ódio. Deixar a alma arder.
Viver os meus medos, obliterar falsos anjos.
Fim da esperança: vou fazer gelo derreter fogo!

Destruir este mundo onde amar é objecto e odiar é viver.

Escapar à feia realidade:
enterrar o que não quero recordar.

Vou destruir todos os erros:
como a bolha de sabão que rebenta,
como o fumo do cigarro que dissipo.

Cada erro uma imperfeição a apagar,
um mundo regido sem reis.

Lei atrás de lei por cumprir,
viver a anarquia do desejo inocente de amar.
Vou espalhar o meu amor à vida
(purificar a mente dos cépticos)
Vou ser Rei de um povo sem deus.

Vou tirar-vos do pesadelo da antiguidade.

Deus da religião sem cruz,
Rei da vida sem morte,
quero que seja escrito o que digo:
O Silmarillion da minha religião.

A minha visão
toda uma exuberância de pecados santificados,
uma nova vaidade por praticar o que não é proibido.

Os anjos desvanecem, passamos a ser parte de uma nova era:
Baptismo da Nova Raça. Celebração da Utopia do Destino.
Realização do Quinto Império.

Estas são as Confissões de um Marginal,
um nojo da sociedade que só deseja um mundo melhor.
Este é o Parto da Crença: um futuro e uma arte.

Aqui vos deixo as Sagradas Palavras de um Ímpio:
que o Mundo é de quem o faz,
Deus é NOSSA imagem e semelhança
e isso é um ponto a nosso favor

Se vale a pena, vale cada gota do nosso suor,
cada morte dada a Caminho da Glória,
no corredor platinado da santidade do pecador.

E assim devemos usar a nova religião para viver.
Para levar a celebração da vida ao máximo,
para um mundo sem causas nem consequências,
por um mundo em que só o presente exista...

e é agora.

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