Choros.

num pedestal místico de bronze,
rodas e rodas de ancestrais
ergue-se a imagem robótica,
o sonho psicótico, viver é demais.
pois eu sei que sou o pesadelo de cada noite,
fui eu que lambi e derreti a língua ao dragão,
quem envenenou a cobra com o tacto.

o meu altruísmo jorra sangue de egoísmo,
quero para os outros o meu único prazer sexual
pela água que nunca neguei ao pobre,
recebi orgias de fantasias e fetiches,
vivi momentos de gula e luxúria,
mais largo que a vida
amar é viver de menos.

não vou casar nem vou amar,
só quero a prata e o ouro.

inundam-se as paredes do coração,
um ácido esverdeado, LSD de bifurcação,
o unicórnio é um boi
e a morte não chegou.

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