Relação Cósmica.

Odeio o amor, metalizo-o.

Numa nave espacial escorreguei nos anéis de Úrano,
perguntei aos Marcianos pela tua terraquiedade,
da terra responderam-me os lobos à tua novidade.
Assim os morcegos voam em teu torno,
comigo já só vives escondida nesse turno.
Quis fugir de Orion, não vivi sem Bellatrix
no meu planeta era vítima das mudanças da tua face.

Se és a Lua, quero ser um Eclipse,
desisto de aturar novas marés.
Tenho saudades de quando as nuvens eram nossos lençóis
e eras tu que te enterravas em meteoros.
As lágrimas arruínam a minha atmosfera.
Quero atingir-te com misseis estelares,
erupções solares.
O sentimento escapou por entre constelações,
e o coração sem gasóleo não o acompanhou.

A bateria acabou e a energia desapareceu
eu estava a beber e acabei por afogar.
Pesquiso a localização de um planeta,
de uma galáxia onde os nossos cometas
se misturem numa panóplia de ligações.

O teu satélite recorda-me da nostalgia,
navego pelo infinito como um peixe no céu.
Não há nada no meu peito, não há nada,
nem uma robotização de informação,
a electricidade não existe sem cabos
e este motor não é condutor.

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