O Trono.

Se os racistas lideram religiões de ódio, porque não posso ser Rei de uma paz? 

Um Reino não se funda sem assento,
tal como a Coroa não serve nas nossas testas.
O Poder foi criado pela bestialidade mais humana,
o Reino é um belicismo interminável,
no meu ego eu sou infinito,
mas a alma discorda na discórdia.
A solução é não viver em paz.

O Trono é sentar de preguiça,
ordenar serve para não perceber
as mulheres que acenam à partida,
elas escavam aos maridos os caixões
que o Rei mandou plantar.

O Homem é sempre um monstro,
o poder é para ser odiado
mas sem governo reina caos
e na desordem brota a morte,
sem perturbações, um silêncio absoluto.

Quando sou for, passo a um bastardo nas costas,
não preciso destas lágrimas nojentas
nem destes diamantes de castigo,
eu sou Rei, eu insisto,
mein Leben ist dein Liebe.

Exércitos de mortos,
arcas emergentes em absinto,
morcegos e cigarros,
ácidos para as quimeras,
nem assim o Governo vai ficar.

Cuidem do Trono,
podem ficar sem uma cadeira;
assistam à Coroa,
o acessório pode-se extinguir;
e atentem ao Rei, vai acabar por falecer.

Eu continuo à espera das pedras e das cruzes que me vão glorificar.

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