Educação Morta.

delicio-me debaixo de lençóis com absinto,
vanglorio-me, morto, atraiçoado e usado...
são novas jóias para coroas por comprar
as razões e preces são cornos de marfim.

rasgões nas almofadas, saliva escorrente,
a mão nas partes baixas e a solidão é um jarro
mergulho no escuro e afogo-me no egocentrismo
que remédio - mesmo só estou mal acompanhado

dez milhares de flores e a alegria murchou
farto das mesmas caras que enojam e fartam
repulsão de viver enquanto fornico o espelho
e essa morgue em que vives dá-me diarreia.

jogo-me a mim mesmo sem bolsos nem roupa,
nenhures já me pareceu um lugar mais remoto.
não vivo nas tuas letras mas sonho com elas
só oiço o meu som. Educar-te Mortalmente.

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