Espelhismos.

Sou não sou? E porque não? É assim que tem que ser. A sério?

Sou um diamante.
Sou um Ás de Copas,
talvez deva ser jogado.
A Lua brilha em forma de coração
e o céu é roxo,
um Reino só para mim,
um corpo para eu possuir.
Deixar para trás a minha pessoa que tem sono,
para viver acordado mais um sempre.
Sem alvorada nem crepúsculo,
o dia mantém a sua fé.
Uma inabalável rosa
cujo orvalho reflecte todo o tempo,
é espezinhada para se manter em pé,
para desabrochar novamente
e nunca perder o brio.
O fumo é um oceano sem pontes
por onde nado para casa,
sou um peixe
e o cansaço afunda-me.

Lamento,
eu adoro-te
mas as chamas gritam o meu nome
e eu não caminho sem as minhas muletas,
muito menos
para o inferno.

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