Jóias da Coroa.

Sob pressão e sou perseguido por cutelaria - numa Hollywood de fanáticos em debandada pelo troféu dos troféus. E sejamos bem-vindos à selva, as bananas perseguem as nossas caudas enquanto nos catamos mutuamente. Este areal está pavimentado de lamparinas mágicas e os desejos são novos acordos de caça que travamos com os predadores. Eu não quero viver de medo e doença - no fundo, ou no topo, eu só me queria sentir a flutuar, isto é... os cigarros não são cigarros.

Esta luz é nuclear e o peso manda mais que a mente, a mão treme mais que sempre. A sedenta fome de informação infecta o cérebro, quanto mais sabemos menos interesse temos. Mas a história só resguarda quem faz merda, e é por isso que tu cá vais ficar... e é por isso que vou ser imortal. São os sinos que ecoam as palavras "juntos para todo o sempre."

Um grifo em quem os ecos confiam e os rumores transitam. A vida não é um quadro. Basta dizer o que querem ouvir para ser chamado de nojo pela noite - nada se aproveita. Não vou perdoar as lágrimas em que nadámos, marionetas sem propósito, nunca serão humanos. Quando puderam, não quiseram ser o Reino - hoje arranquei-lhes o coração.

Voltei a ouvir o branco e o tédio despertou. Levantam-se os crocodilos e as dentadas são balões de vidro. Perdi-me no que disse... parece que o vinho tomava efeito... dei por mim nú e quem és tu? Que pergunta é este? Eu sei perfeitamente quem era. A solidão era aprazível para mais nervos e pensamentos prorrogativos. Lentidão... é... tudo... o vagar... a demora... e a humidade...

Eu sei perfeitamente o que quero e o que sou; eu sei perfeitamente como o ódio nasce da inveja; eu vou tornar-me no cumprimento da minha própria profecia - uma ruína da fama que sempre travou os ventos que sonhei atirar.

Sonhar é uma coroa de descontrolo e circo, uma cobardia por que todos temos de passar - mentir à verdade... e eu voei nisso. Derreto debaixo dos lençóis de aversão e contrição, a educação não leva à glória, por outro lado dão os passos alheios em direcção a uma luz... que é só uma lâmpada sem abajur e somos mosquitos. A música lava-se a si mesma como louça numa máquina e a reciclagem é uma constante. Nada é novo. Nada é velho. Tudo vive uma eternidade.

Serrei as montanhas e encerrei as ligações. O sangue já não irriga a droga e os fumos são poeiras de uma vaidade baptismal. A honestidade é o conforto de viver dentro de uma rosa, tão facilmente quebrável como o primeiro urso que vem e a arranca. Vamos fazer dinheiro e viver de pós e ervas.

Comentários

  1. "Serrei as montanhas e encerrei as ligações. O sangue já não irriga a droga e os fumos são poeiras de uma vaidade baptismal. A honestidade é o conforto de viver dentro de uma rosa, tão facilmente quebrável como o primeiro urso que vem e a arranca. Vamos fazer dinheiro e viver de pós e ervas." percebo-o.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Estalactite

Antígona de Gelo

Furacão de Esmeraldas