Abril, monstro.

e morro por respirar, porque nunca aprendo com os erros que cometo, perco toda a minha confiança e cada vez me vejo mais só. dias fatídicos não existem... dizem uns. existem. foi o descalabro.


num abraço onde toda a agonia desapareceria... qual abraço? onde estou, em que mundo vivo, o que faço? vejo-me todos os dias mais e mais atónito, a olhar para as pessoas que julguei conhecer para... para que os que eu amava me enganarem e os que me amavam eu me fartar deles.

estou frente ao precipício novamente, o abismo para onde deitei tudo menos a mim mesmo de antes, a um passo da perdição. e esse passo é o mesmo passo que me pode levar à libertação. qual libertação?

eu estou cansado, de todas as formas possíveis, sinto-me cansado do que é real e as minhas evasões são fugidias.

e o pior é a luz ao fundo do tunel, o tunel que dava para o abismo, um tunel de cristais escuros que apenas permitem ver reflexos e ambas as saídas possíveis, a do abismo e a da liberdade. e agora que vejo... todos os dias perco caminhos, lembro-me de me ter visto num cruzamento, no meio do cemitério de chaves, pelo qual passei, consegui passar... hoje vejo dois caminhos... um para mim e outro para o mundo. como me posso importar com o mundo se o mundo nunca se importou comigo, me sempre fez sentir mal com a minha imagem, me espezinhou e me enganou pelo prestígio que, amaldiçoo, nunca terá.

pois eu fui de remorsos tempo demais, está na hora de trabalhar, matar-me a trabalhar e sentir-me ainda mais cansado do mundo, para obter o que quero, e o que quero... (ou preciso... não sei...) é prestígio, por algo que possa fazer para tornar o mundo melhor e sei que sou capaz, não agora, não amanhã, mas um dia.

quando Jane Doe se redimir, e eu me fartar da minha pyromania. quando teus olhos honestos fizerem seu manifesto e dançarem pelo medo de existir, num país das maravilhas longínquo, utópico e bizarro. onde pecados não causem sofrimento.

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