back to december.

"make a wish"
"why?"
"it'll come true when you kiss the one you love under the mistletoe"
"do you love me?"
"do you?"
...





temos tendência a pensar que precisamos de ser outras pessoas para o mundo rodar como queremos.
se fossemos outra pessoa não seríamos a mesma e o mundo já não giraria como dantes o desejávamos.

talvez sejam meras filosofias do desejo ou apenas um sonho anti-metafísico... o que fiz justifica os corações partidos de todas as almas caídas - isto sou eu a engolir o meu orgulho, merecer inferno, abrir os olhos e ver uma floresta de espinhos e andar à chuva, desamparado, desfeito de motivos, doente.

e os ícones sem significado que preenchem a casa, serão efémeros (que nem cliché), como tudo o é, e mais tarde guardados, como sempre foram para para o ano que vem voltarem a aparecer. complexa altura e tradição em que a religião se sobrepõe a tudo e unifica as pessoas.

mas se a minha religião fores tu e eu ainda não te tiver descoberto, de que me servem os ícones e a união se não lá estás?

porém refuto as religiões dos pobres de espírito que a si mesmos não amam (e invejo-te por isso), e amam os outros. eu não nutro por mim narcisismo, é-me uma glorificação de tudo o que consegui até hoje, frutificado do meu esforço.

quem me mandou a mim desejar debaixo do azevinho? porque é que não pensei no que desejava? vi-me cego a tudo e hoje podia voltar dois Dezembros atrás para tudo voltar ao normal mas só os doidos questionam o passar do tempo.

azevinho, neve e canela.

 Dezembro passado, deste-me coração e alma e eu ofereci-os a alguém especial.

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