vanity.

"don't be scared."

dei por mim envolvido já, nunca negado,
em reminiscências inexistentes, miragens oníricas
desejos de mais e mais.

senti nostalgia no prazer,
algo remoto contudo no meu corpo
senti a minha ignorância queimar-me
e nas chamas ser consumida
acima de tudo senti-me rendido às evidências
ao que ignoro e não devia,
a sentidos em mim despertos,
outrora meio acordados, meio mortos, num impasse,
chegava a desconhecer a sua existência
e agora são irrevogáveis.

procurei o melhor para dizer num pouco
perdi o contacto em tão só duas falas.
"je ne sais pas," "o que a gente quiser,"
o facto é que não sei, não está em mim o conhecimento,
não em que tornar o que quer que seja "isto."

e isto é tudo culpa dos monstros, desde então mo apeteceu,
não sei porque não o fiz mais cedo...

acho que me viciei e perdi algumas virtudes.

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