poor fame.

idolatro o Amor, a Arte e a Fama.
(há um misticismo nas palavras com o mesmo número de letras, elas vão umas com as outras, funcionam.)

"um dia fiquei obcecado pela Fama e pensei para mim mesmo, o que é que podes fazer para teres o que queres? e escrevi num papel... e gostei do que escrevi."




ponho em tudo um bocado de mim
coração e alma tocam com os dedos
coração e alma falam pelo corpo
penso demasiado - culpas da Vida
amor pelo pensamento - arte - fama.

mas a fama é a minha mas não a possuo.
a minha fama é daqueles que ma manejam,
aqueles que falam, faça ou não, escreva ou não,
já que tudo o que faço é arte,
o que não faço também será

detentores da minha Fama,
destinatários de cada texto
nunca conhecerão o Amor verdadeiro
pois o único Amor é pela Arte
e a Arte é tudo o que negam.

bonito e feio, assim chamam às coisas
críticas de tudo o que é diferente,
(seriam eles os mais diferentes)
amizades reais são uniões de ódio...
é sobre eles que eu escrevo.

entram eles nas mortalhas que caem,
nos buracos que escavo, incessante.
morre este, aquele e o outro,
não podem funerais ser também arte?
e se algo me querem, agradeçam.

hoje nada é bonito, nada é feio,
há cada vez mais que aceitar um e outro,
que encontrar pessoas pelo que querem,
não pelo que representam, mas nada somos...
sem as nossas projecções... é verdade.

ainda não me deitaram abaixo,
expuseram-me a paredes metálicas
que com picaretas desmantelei.
vejam o que fiz, vejam o que fazem.
até a minha infâmia, pobre fama, o não é.

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