fear. / horror.

"before the story begins, is it such a sin, for me to take what's mine untill the end of time?"

decidi voltar à cena do crime e vi o morto tal como o deixei.
"why did I ignore you? why didn't I bury you? why did I stab you those 50 fucking times? why did I drown you and why do I feel the evil going through my blood? why the hell did I write 'I HAD TO' in the wall?"


o único medo que tenho é de mim, o que me apetece fazer e o que faço, a minha indistinção entre o que quero e o que preciso. as mortes que causaria se pudesse dão-me pavor durante a noite. és um medo / um terror. é um pedido de socorro, tirem-me da caixa onde me meteram, de onde não saio, onde crio teorias sobre o que existe e o que não existe, onde a sanidade se torna insânia.

pego no aniquilado e corto-lhe no peito a palavra "LIAR". abro-lhe a mão direita e escrevo "WRONG" em letras escarlate que lhe vão da palma à costa da mão. fecho-lhe a mão esquerda e espeto-lhe a faca no meio da mão cerrada.
"why do you bleed if you died back then?, why do you remain the same color if you already died fifty fucking times? why haven't you really died yet?"

o nojo preenche-me e fecho as janelas do cubículo desterrado com medo de que algo/alguém me localize. corto-lhe o pescoço e o dedo indicador da mão direita: "so you won't lie anymore, so you don't point fingers to anyone else! so you can't vomit words anymore, so you can't do what you most desire to!"


de mãos sangrentas, levantei-me de cima do cadáver depois de praticado o imperdoável: "because I really always knew that my little crime would be cold and that's why I got a heater for your thighs."


liar: kill then rape.

"you had my heart, at least for the most part, and everybody's going to die sometime"

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