demise. / vain.

(ou até "Ode ao Ódio.")

"quando enterrei cadáveres, desenterrei corações."


pesadelos dos caixões no subsolo, senti-me mal.
e sabes que mais me fez sentir mal? ...
o mundo não sou eu, não é ninguém.
é difícil crer que pessoas são mundos, pessoas são pessoas.
e até gostei de pessoas, muitas, algumas, poucas, nenhumas.
e então? então as pessoas mudam.
muitas odiei, algumas odiei, poucas odiei, nenhuma odiei.

o ódio é um sentimento tão horrível, tão inspirador.
assim, as pessoas são inspiradas por sentimentos fortes,
maravilham-se, amam, odeiam, sentem pena, ...
seja, qualquer sentimento pode ser forte.

a minha vaidade é forte, e eu gosto dela assim, não gosto?
só por si, não preciso de mais. AMO A MINHA VAIDADE.
e seria por isso que a escrevo, toco ou desenho,
é por isso que preciso.

pessoas sem sentimentos fortes, sem reais emoções,
com vagas ausências de sentimentos ou... até falsos sentimentos,
nunca amarão, nunca criarão arte.

claro que isto poderia inspirar...
para quê? auto-violação?
adoro a vaidade, adoro que as pessoas se violem.
as pessoas odeiam-se a si mesmas e transmitem isso aos outros.

falsos sentimentos. remorso. morte.

e então procurei a minha vaidade e encontrei-a.
espelho meu, espelho meu, quem tem mais vaidade?
e todos responderam o meu nome.

não... não... sempre te enganas-te.
Ela, por outro lado, estava certa...
tenho a vaidade que quiser.

e esta é a minha vida agora,
não requeiro venenos e falsas drogas do mal-estar
quero espelhos e estilhaços, águas cristalinas


"e aconteceu tanta coisa... mas só agora começou tudo. sorrisos, lágrimas... fúria e gargalhadas. continuarão as mudanças nas minhas histórias (que serão boas). tudo começou..." 

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