Entes Queridos.

Por vezes ignoro-te para me manter no controlo.

O que é que pretendes, Tiago? Sempre à deriva numa fantasia de superioridade, projectas sobre ti mesmo um foco inexistente. Eu existo para não sentires que existes. Eu existo porque abominas o teu mundo e tens medo de dar um desgosto a quem te rodeia... desgosto... nem és assim tão importante, acredita. O meu nome é Caos porque "só fiz merda na vida," contudo, vives loucamente apaixonado por alguém a quem apelidas de "Desordem," que por sua vez também só te magoou. És sempre mais, sempre mais, nunca podes repetir nem dar um sinónimo de um adjectivo que te descreva.

A minha vida é um paradoxo que rasga as fronteiras entre a realidade e a fantasia.

Despes-te de todas as desculpas, para tudo e todos. Não tens um rastilho de honestidade. És um mentiroso. És um mentiroso. És um mentiroso. A tua vida prejudica-te mais do que sentires-te influenciado pelos outros. Finges ser alguém para descobrirem os podres desse alguém e no fim descobrirem que não és nada. Mas a culpa é minha. Foi o Caos que mentiu, arruinou, matou, enterrou, amaldiçoou... eu posso ser uma personalidade e tu podes ter noção que o sou - mas tens pena de mim.

Não é que seja desonesto, só tenho nojo da verdade.

Esse universo de flores de papel, prontas a beijar para derreterem ao ácido do teu amor. Nem de amar és capaz, quanto muito mentes e dizes a alguém que a amas. Vê o mundo à tua volta e quantas vezes não o viste desmoronar por passos em falso. Quantas vezes não empilhaste tijolos para dares um pontapé no tijolo de baixo e desmoronares a tua torre de Babel?

Só vivo de medo e nojo.


~CAOS

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