black sky.

o céu negro escurece com nuvens de chuva

tenho frio. não me quero constipar.

não há cobertores e estou nu...

na verdade, não há nada, só eu e mais nada.

não há-de haver só nada, há sempre mais...

simplesmente há, cada vez acredito mais no sobrenatural

na capacidade que as pessoas têm de fazer sentir

é possível e real, sou evidência.

não mais. há mais. há sempre mais. 

de certeza que há porque nunca houve.

há certezas? há, e dúvidas.

as pessoas são diferentes. estão diferentes.

as diferenças estragam. as diferenças melhoram.

o céu é o mesmo céu negro de todas as noites,

colorido pelas nuvens da chuva forte que escorre pelos vidros.

só queria estar bem. e estive. melhor até.

há medo, sempre houve, 

houve medo até estar feliz.

deixou de haver durante a felicidade.

tenho medo da obsessão e da persistência,

e quem sou eu para falar de persistência?

nunca nada do que quis agarrei.

irrevogável, insistente, ignorante existência.

vais chover na minha parada,

todos os santos dias se for preciso,

na minha, na dos outros, na de todos.

tenho frio. tenho medo de me constipar.
o absurdo torna-se nexo e a minha cruz perdeu o teu peso.

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