lithium.

 dia apressado na mente.
medo da felicidade.

nunca dei a mim mesmo o prazer de dizer "está tudo perfeito" - nunca nada me chega e é essa a ambição que preciso para continuar.
"posso não ser perfeito mas sempre verdadeiro"

na embriaguez e na loucura passo por todas as fases, desde a felicidade à depressão e nunca me mantenho numa só.
"preciso desse tiro na veia, a minha mistura, o Brompton Cocktail"

nada é bastante e tudo é inalcançável. viver é estranho e morrer é raro.
"aquele que faz de si mesmo uma besta livra-se da dor de ser humano" Dr. Johnson

quem é que morreu e te tornou rei do que quer que seja? quem te dá a imaginação para se quer te pensares atrever a dizer-me como ser, pensar, sentir ou agir?
"quem se importa com a tua discordância? tu não és eu"

não sou eu que estou perdido, sem lado para onde me virar mas é-te difícil a constatação disso; pois passas o tempo a desenhar mapas com o meu nome escrito em maiúsculas.
"lamento desiludir-te mas não me estou a afundar"

droga. o lítio, não mais que uma droga ou um calmante fortíssimo, qual cocktail de Brompton, que nos tirar o sentir da realidade e nos dá lugar a efémeras felicidades.
"o meu campo de flores de papel e nuvens doces que cantam"

fugir da realidade dá à mente tempo para a felicidade mas, por muito que eu tente passar os dias noutra, rapidamente volto à realidade e, assim, nada me basta, sou infeliz.
"não me quero prender, não quero esquecer da minha vida sem... quero viver apaixonado pela minha alma"

mas as crenças são profundas e não há religião que nos valha o fanatismo. a esperança é a única religião de todos, o resto é definido por cada um.
"a minha religião" não "és tu"

medo do fanatismo.
alentada noite do coração

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