CHAOS KILLS.

Cicatrizes e luares, se ao menos vissem a bestialidade do meu coração... A mim já nem os santos salvam, nadei por entre o cosmos rompendo a placenta para o universo ser gerado - um espaço partilhado entre duas alianças, uma serpente e um arco-íris.

Das estrelas e sóis, meteoros lacrimejados, o bater do núcleo era uma chuva de meteoros numa bateria. Sem manhã, o pôr-do-sol marca a continuação dos dias de roubo, de almas sem fé.

Dois pulmões num mundo venenoso. Nunca se passou nada: os cavalos, simplesmente, chovem, o petróleo gane de prazer e os defuntos escondem-se debaixo da cama.

Envolvido no remoinho da droga, o álcool consumiu-me, os dias de ressaca nunca deixaram de o ser - oxalá fossem tradições diárias, como as minhas visitas a um país das maravilhas onde ainda respiro e caminho, onde o toque transforma água em pão e corpo em vinho - canibalismo de um comprimido errado, aqui a única crueldade é a dos gumes.

A minha paixão é a vingança e mesmo essa tem preço, vivemos num mundo de sentimentos prostituídos. Eu nunca quis apontar o dedo da mentira a ninguém... mas há palavras que nem existem, há amores que realmente foram assaltados de uma metade e o mundo não seguiu o rumo embriagado dos acontecimentos.

De outras Nebulosas e Galáxias, fantasmas perdidos prendem-se ao existir por um amor inconcluído - porém os seus parceiros prosseguem em frente sem mais por amar.

No fim, no fim, só sobra sangue e rosas numa mescla demasiado homogénea para definir a beleza do nojo. Enquanto os sapatos mudam de dinheiro para valor,
os caixões correspondem às vivências de Reis e pobres. A felicidade é um comboio sem pista.

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