Postergo.

Submergir mais destrói-me de pressão. Intentar emergir não vale a pena.

Não é a saída que não existe, o problema é que está perdido.

Nem vida, nem ar, só água e escuro - ver ou não ver os últimos segundos dá-me igual - são últimos. 

Nunca objectivei nem protestei contra as decisões dos outros - nunca fiz a minha vida.

Ecos fatais, a imundície de um moribundo banhado no nada para sempre.

Persegui a morte para a conquistar como uma mosca ao néon azul.

Abraço as pernas e rebolo na submersão. Não entendo enquanto sufoco no êxtase.

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