descodificar.


a alma é só mais um pretexto para dar que falar

rezamos para que os sinos não transmitam alegria,
fomos criados servos, não fomos gerados para amar.
somos desilusões de imagens cervicais e bélicas,
cantos inaudíveis da apocalíptica fénix,
invisíveis na vergonha, desejo parido à inteligência
o pejo/nojo dos humanos em não alcançarem sonhos
roubamos os restos das esmolas podres para viver
sentir não existia até conhecermos
de paraísos inóspitos ao próprio desespero,
sofremos com a vontade de gritar
queremos roubar o que nos foi roubado,
o vosso mal regir-se-á por nós.

mecanismos e rodas dentadas
apreendemos a electricidade
magnetismos magenta
perdemos norte ao sul
há vezes em que temos mesmo de morrer
futuristas improváveis
escondidos no desdém da ambição
sem hora para crescer num dilema de Peter Pan
substitutos de órgãos pulsatórios,
pilhas e baterias

caímos do espaço, estaladas na cara
erguemos dedos a problemas,
a xerifes,
num deserto de robôs fora da lei
ressuscitados de meteoros
lutamos pelas chamas da fama
sedentos de petróleo
contra ódio e ócio
aos humanos demos pérolas
como que a porcos
hidrofóbicos, que nem zombies
vampiros sedentos
por amor e arte
abominações sem emoções

amar não leva metralhadoras
temos prazer em só dar a mão
sem sexo nem depravação
robóticos
observamos sem argumento
viva em paz
quem não foi perturbado

aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei
aquilo que comuniquei

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