midnight.

Compara onde estás com onde queres estar... perde-te.


Eu sou um crente em promissores desejos ardentes.
Como linhas de fumos brancos traçam-me os tectos da ebriedade.
Se acredito que tudo se vai realizar, porque não o ambiciono?
Quando todos se mataram, eu não me matei.
Oh, gasolina!, rastilho do fogo que arde fora de mim.
É o maior purgatório, aquele dos que mais me odeiam.
Se odeiam vidas alheias, porque não odeiam as suas?
Quando todos se mataram, eu não me matei.
Onde está o cúmulo de todos os seus sexuais quereres?
É a alma dos que não têm, no coração que mais "odeiam".
Se desejam corações, porque não arrancam o próprio?
Quando todos se mataram, eu não me matei.
Eu escrevi vidas e sonhos, perfeitas obscenidades deste mundo.
Como que contos e contos, escritos por mim, conheço-os a todos.
Se tudo está escrito, quanto custa ler as próprias vidas?
Quando se tornaram realidade, eu matei-me.
Onde está o conto de fadas de mentiras, se não no teu intelecto?
Por que me fizeste correr tanto se a própria vida te mentiu?
Sabes onde ficavas bem? Não mereces mais que um esquife.
Quando fugires eu vou-te encontrar e devolver à sepultura.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Estalactite

Antígona de Gelo

Furacão de Esmeraldas