Onore tra Ladri.

"Eternità, Eternità, voglio Immortalità"

Ladrão que rouba ladrão merece cem anos de perdão. Tem sido esse o meu lema. Noites e noites afim, tenho engendrado o maior plano, o roubo do século. Eu vou roubar TUDO. Meses e meses a viver, na ambição de que tudo correrá bem, afinal eu sou um óptimo ladrão, vindo da maior família de ladrões de Itália. Fui eu que roubei o original do quadro de Petronilla, do museu, no outro dia. Fui eu que arrebatei metade da casa de Abelardo. Fui que envenenei Jacopo.

Todos crimes de primeira página, sem uma única pista a não ser os meus imaculados cartões de visita com uma cruz, um T e um F. Não dizem que os maiores crimes têm as suas respostas debaixo do nariz? Ninguém vem em minha procura porque não tenho casa, vivo acolhido na casa de um cego-surdo que nem dá pela minha existência... está à beira da morte e pouco me importa, por essa altura enterro-o e roubo-lhe a identidade para que ninguém saiba quem sou.

Honra entre os ladrões. Que necessidade teria eu de roubar pessoas normais? Eu só roubo os maiores ladrões, os maiores burlões, as maiores prostitutas. Roubo todos cujo o dinheiro é sujo, por não o merecer. Acho que é de acordar que, roubando dinheiro sujo, pelo meu próprio mérito me faz merecê-lo. Eu crio o meu próprio sucesso, influenciado pelos erros dos outros. O que eu critico é no que me torno mas sem direito à crítica. Absorvo-lhes o sucesso e torno-me Rei dos Ladrões.

Há uma onda de crimes nesta cidade e o culpado sou eu. Tudo planeado ao mais ínfimo pormenor. Planos e planos e assaltos e assaltos e assassínios e assassínios. Cresce-me o dinheiro nas treze contas e mostro-me eu mesmo como o merecedor dele.

É Fama a Fortuna. Eu quero tudo, eu quero tudo, dêem-me tudo o que sei que é meu. O que faço é pelo Futuro. Quantas pistolas não apontei a cabeças sempre com o mesmo ideal em mente? Fizeste mal e eu vou corrigí-lo à minha maneira.

Já me chamaram de tanta coisa... herói, visionário, guardião... eu vi tantos reinos nascer e morrer... Eu sou aquilo que muitos vêem no canto do olho, formas e sombras que se escapam pelo horizonte. Sou eu mesmo uma alma pecadora que luta contra o Mal de todas as formas e feitios... esmagando-o como uma barata aos meus pés!

A culpa... pode ser um grande motivo... e a redenção um ainda maior! Ninguém precisa de ter medo de mim... a não ser que sejam pecadores, vis pecadores que devoram inocentes, nesse caso ouçam o meu aviso e ouçam-me bem! Eu vou encontrar-vos, é isso que prometo! Vou caçar-vos como os animais que são e empurrar-vos para os maiores poços de fogo do inferno!

Alguns consideram a minha vida um fardo pesado de se carregar... eu, por outro lado, acho que é como uma benção... é de certo uma vida solitária, mas é a minha cruz de carregar, e eu carrego-a com orgulho! Alguém tem de se levantar e enfrentar o Mal, porque não haverei de ser eu?!

Metáfora da Mentira. Mentira que se torna Realidade. Mentira pela qual Mato.

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